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segunda-feira, 23 de abril de 2012

O Android em volta de problemas.

Em 2011 o Android experimentou uma crescente nas vendas e no seu uso, diversas fabricantes o adotaram e o levaram a um patamar de destaque mundial, sendo visto como o próximo padrão em sistemas operacionais móveis. Porém ao que tudo indica, 2012 não será um ano tão bom assim para a plataforma móvel da Google. Diversos fatores estão o colocando em águas turbulentas e podem fazer o seu barco afunda.

O Instagram foi o primeiro caldo, a notícia de que um aplicativo não nativo para Android pode valer USD 1 bilhão faz com que os desenvolvedores vejam que o iOS é mais importante e mais lucrativo, mesmo que nem todas possam usar. Mesmo que você pense que o Instagram foi lançado para Android e por isso valeu tanto, a oferta foi feita antes do lançamento, logo ele já valia isso....

Quando os desenvolvedores o renegarem a segunda opção, acontecerá o mesmo com os usuários.

Outra má notícia foi o complicado uso em tablets, comparativos sempre mostram o produto da Aplle como melhor, e se o usuário puder escolher
a sua operadora e o preço, ele leva um iOS. A Aplle perdeu espaço porque em alguns locais a venda é atrelada a uma operadora, o que deixa o consumidor sem opção. No momento em que não houver isso o Android poderá ver seu mercado em tablets sumir rapidamente.

O Kindle Fire, tablet com Android mais bem sucedido também é uma notícia ruim, ele mostra que o sistema operacional móvel pode ser fragmentado e usado de qualquer jeito, deixando a Google sem controle sobre seu programa. As grandes fabricantes não querem mais ser apenas distribuidoras do Android, querem colocar seus aplicativos e suas modificações nele, deixando-o cada vez mais bifurcado e com diversos modelos diferentes, dificultado a Google de coordenar a plataforma e complicar a vida do usuário que não saberá o que fazer ou escolher, tal como as diversas opções de Linux existentes.

E temos mais um problema, a Google adquiriu a Motorola e vai querer além de fazer software, hardware, indo contra as empresas que fizeram seu sistema se tornar tão popular. As fabricantes não ficaram nem um pouco satisfeitas em te-la como concorrente. A sorte da Google é que iOS não pode ser utilizado e o Windows Phone está na mesma situação com a Nokia, porém isso leva novamente ao caminho da bifurcação do sistema, onde cada fabricante faz um Android do seu jeito.

A Microsoft vem no encalço, algumas fontes dizem que a Verizon está investido pesado com tecnologia e expertise para tornar o Windows Phone melhor que o Android, e a AT&T está indo no mesmo caminho supostamente investindo USD 150 milhões na tecnologia.

Além destas suposições e teorias conspiratórias contra o Android, o que mais tem pesado na balança contra o bonequinho verde é sua última versão (4.0 ou Ice Cream Sandwich) ser usada por apenas 2,9% dos dispositivos. A grande maioria dos dispositivos Android, 63,2%, estão no Android 2.3, ou Gingerbread. O mais popular seguinte é Froyo, ou Android 2.2, com 23,1%.  Então mais de 80% usa uma versão desatualizada do sistema operacional móvel. O que tende a ser prejudicial para o cliente.

A Google tenta melhorar seu sistema mas por algum motivo seus usuários não o usam, ou porque as fabricantes não o compram ou porque seus aparelhos não o suportam. E isso faz diferença para o usuário do iOS que pode dizer que tem sempre a última versão enquanto o usuário do Android usa uma tecnologia de um ano atrás.

O mercado tem reagido a isso, nas últimas semana a Verizon revelou que vendeu 3,2 milhões de iPhones no primeiro trimestre, revelando que vendeu mais smartphones da Aplle do que todos os outros combinados. E a tendência é de que as outras operadoras também mostrem que a Aplle está ganhando cada vez mais mercado e deixando o Android para trás.

Junte isso tudo e você terá um sistema operacional móvel que tinha tudo para ser o padrão da indústria se vendo em meio a um mar turbulento e começando a entrar água no barco.

Qual será o futuro do Android e do Windows Phone? Só os próximos meses dirão.

Por Hercio M. Ferraro Neto (com base em artigos da  Business Insider)

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