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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Uma tentativa de entender a crise na Europa

A crise da Europa e consequentemente do euro está preocupando os
mercados financeiros e começando a preocupar os cidadãos brasileiros.
Como o tema parece meio complicado, vou tentar explicar e passar
alguns links, e ao mesmo tempo entender, o que é essa bagunça toda....

Let´s go.

Em 2008 as instituições financeiras emprestaram dinheiro demais para
quem não podia pagar (principalmente no ramo imobiliário). Isso levou
à falência de bancos e à intervenção governamental para evitar o
colapso do sistema financeiro e uma recessão mais aguda.

Analistas concordam que as duas crises certamente não são isoladas. A
crise global do momento é uma continuação --até mesmo um "efeito
colateral"-- da crise de 2008.
"Na verdade, não estamos vivendo uma nova crise mundial. A crise é a
mesma que teve início em 2008, estamos só em uma nova fase", afirma
Antonio Zoratto Sanvicente, professor do Insper.

Os bancos emprestaram muito mais dinheiro do que tinham em caixa
--eles estavam "alavancados" em mais de 20 vezes em seus valores-- sem
se preocupar com uma situação futura pouco favorável, diz Daniel
Miraglia, consultor da eyesonfuture e professor da Business School São
Paulo (BSP).
Para evitar que esses bancos quebrassem e houvesse um possível dano
maior à economia mundial, os governos realizaram uma operação de
resgate, injetando recursos públicos nas instituições bancárias.

Outro problema está relacionado aos gastos públicos como em alguns
países, como a Grécia, gastaram mais dinheiro do conseguiram arrecadar
por meio de impostos nos últimos anos. Para se financiar, passaram a
acumular dívidas.
"Pela teoria econômica, um país que tem dívida em sua própria moeda,
tem risco de moratória muito baixo", explica Miraglia. Isso porque o
país pode decidir emitir mais moeda para pagar sua dívida, ainda que
isso eleve um pouco sua inflação.

Smartphones

Porém os países Europeus fazem suas dívidas em euro, e a
moeda é emitida pelo Banco Central Europeu. Cada país tem uma
estrutura de dívida diferente, mas eles não têm o poder de emitir
dinheiro. Uma mesma moeda e a mesma taxa de juros, não dá para se
fazer duas políticas diferentes.

"A Grécia tem muito mais dívida em porcentagem do PIB do que a a
Alemanha. Logo, a Grécia precisa de uma política fiscal diferente da
Alemanha", explica o economista.
Na última década, a Grécia gastou bem mais do que podia, pedindo
empréstimos pesados e deixando sua economia refém da crescente dívida.
Nesse período, os gastos públicos foram às alturas, e os salários do
funcionalismo praticamente dobraram.

Enquanto os cofres públicos eram esvaziados pelos gastos, a receita
era afetada pela evasão de impostos - deixando o país totalmente
vulnerável quando o mundo foi afetado pela crise de 2008, que
"enxugou" o crédito mundial e deixou a Grécia em dificuldades para
rolar essa dívida.

Além da Grécia, países como Portugal, Irlanda, Itália e Espanha sofrem
os efeitos do endividamento descontrolado e buscam apoio financeiro da
zona do euro e do Fundo Monetário Internacional.

O montante da dívida deixou investidores relutantes em emprestar mais
dinheiro. Hoje, eles exigem juros bem mais altos para novos
empréstimos que refinanciem a dívida.

Para receber ajuda esses países precisam adotar medidas de
"austeridade fiscal" que, na prática, significam enxugar os gastos
públicos, por meio do corte de benefícios sociais e empregos, por
exemplo, e elevar a arrecadação por meio de impostos.

O problema é que essas medidas deprimem ainda mais a economia e geram
descontentamento, greves e manifestações. Nas últimas semanas, os
movimentos populares têm se intensificado especialmente na Grécia e na
Itália.


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E o Brasil?

E o Brasil não está imune. Pelo contrário, é a nação que mostra os
sinais mais claros de esfriamento da atividade, segundo a OCDE.
Na avaliação do Banco Central brasileiro, "observa-se moderação do
ritmo de atividade" do País, mas a economia "ainda continuará sendo
favorecida pela demanda interna".

O governo diz há tempos que o Brasil é um dos países mais preparados
para suportar os efeitos da crise econômica global e, na semana
passada, a diretora-geral do Fundo Montetário Internacional (FMI),
Christine Lagarde, passou por Brasília e saiu com a mesma impressão. A
avaliação tem tido respaldo na realidade, mas será bom que todos
esqueçam o terceiro trimestre de 2011 em suas análises. Brasil, o
preparado, tem 3º tri pior que EUA, União Europeia e BRICS.

Pois bem, um pequeno e rápido apanhado de notícias para tentar
explicar a crise na Europa, e terminando com as declarações da
diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine
Lagarde, que disse o seguinte sobre o novo tratado europeu,
estabelecido por França e Alemanha "não será suficiente face a uma
situação econômica extremamente grave".

Sinceramente, eu realmente espero que os governantes consigam acertar
o rumo, não gostaria de passar pelos mesmos problemas que o país já
viveu na década de 80-90, com super-inflação, moeda mudando a cada 2
anos, famílias estruturadas de uma hora para outra passando
necessidades, desemprego... enfim diversas mazelas que quem viveu deve
lembrar.

Fontes:

http://veja.abril.com.br/perguntas-respostas/crise-europa.shtml
http://economia.ig.com.br/criseeconomica/entenda-a-crise-economica-mundial/n1597248705930.html
http://www.progresso.com.br/caderno-a/brasil-mundo/entenda-a-crise-na-grecia
http://correiodobrasil.com.br/brasil-o-preparado-tem-3%C2%BA-tri-pior-que-eua-uniao-europeia-e-brics/339366/
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2011/09/15/entenda-as-diferencas-entre-a-crise-atual-e-a-de-2008.jhtm


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